Traduzido do inglês, “burn” quer dizer queima e “out” exterior, a Síndrome de Burnout é conhecida como síndrome do esgotamento mental, que geralmente é causada pelo trabalho.
Essa síndrome é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. Pode ser resultante de trabalhos muito difíceis em que o profissional acha não ser capaz de cumprir e também em situações onde o profissional é responsável por grandes tomadas de decisões.

Embora muitas pessoas ainda não conheçam a Síndrome de Burnout, ela é uma doença psicológica que precisa ser tratada, pois em casos mais graves pode resultar em depressão.
A Síndrome de Burnout foi reconhecida pela OMS como uma doença relacionada ao trabalho e foi incluída na nova Classificação Internacional de Doenças (CID-11), entrando em vigor em 1º de janeiro de 2022.
Primeiros sinais da Síndrome de Burnout
Além de envolver nervosismo, estresse, irritabilidade cansaço excessivo e isolamento social, a Síndrome de Burnout também apresenta outros sintomas:
- Cansaço excessivo, físico e mental.
- Dor de cabeça frequente.
- Alterações no apetite.
- Insônia.
- Dificuldades de concentração.
- Lapsos de memória
- Sentimentos de fracasso e insegurança.
- Negatividade constante.
- Sentimentos de derrota e desesperança.
- Sentimentos de incompetência.
- Alterações repentinas de humor.
- Isolamento.
- Fadiga.
- Pressão alta.
- Dores musculares
- Problemas gastrointestinais
- Alteração nos batimentos cardíacos
Os sintomas surgem de forma leve e praticamente imperceptível inicialmente, mas com o passar do tempo vão ficando cada vez mais fortes e notáveis.
Como a Síndrome de Burnout é diagnosticada?
O diagnóstico da síndrome de burnout é diagnosticado por um psicólogo ou psiquiatra, que são profissionais especialistas indicados para identificar e tratar transtornos psicológicos.
No Sistema Único de Saúde (SUS), a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) está apta a oferecer, de forma integral e gratuita, todo tratamento, desde o diagnóstico até o tratamento medicamentoso. Os Centros de Atenção Psicossocial, um dos serviços que compõem a RAPS, são os locais mais indicados.
Tratamento para Síndrome de Burnout
O tratamento é feito com sessões de psicoterapia, mas em casos mais graves podem envolver o uso de medicamentos antidepressivos e/ou ansiolíticos, e nesses casos mais graves quem prescreve os medicamentos é um psiquiatra.
O tratamento geralmente surte efeito entre 1 e 3 meses, mas pode prolongar-se por mais tempo dependendo do grau de gravidade.
Juntamente com o tratamento também pode ser recomendado o afastamento do profissional do trabalho. Isso devido a lei que entrou em vigor em Janeiro de 2022, onde a Síndrome de Burnout foi reconhecida como uma doença ocupacional.
Atividades físicas também são muito recomendadas pelos profissionais por liberar endorfina, que é o hormônio responsável pela sensação de bem estar, prazer e felicidade.
O tratamento deve ser monitorado por um profissional, e em caso de negligência por parte do paciente pode haver uma piora no estado.
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Como prevenir a Síndrome de Burnout?
A melhor forma de prevenir a Síndrome de Burnout é se atentar ao seu trabalho diário e buscar estratégias que diminuam o estresse e a pressão no trabalho.
Também é importante manter uma vida social mais ativa para diminuir o estresse do dia a dia, impondo limites entre a vida profissional e a vida pessoal.
Além disso, é necessário manter uma boa rotina de sono e descanso, respeitando os limites do seu corpo.
Vale lembrar que, existem casos e casos, e que em alguns deles, dependendo do nível de estresse e as causas desse problema, o melhor a ser feito é buscar novas oportunidades de trabalho, principalmente caso haja insatisfação da sua parte em relação à empresa em que trabalha.